por Itachi_Uchiha Sex 23 Mar 2018 - 0:22
Eu discordo do texto.
1 - Algumas coisas não fizeram muito sentido e me pareceram sem nexo.
- Por que a primeiro momento é citado que o ser humano é um ser muito ironico, porém que pensa que não é.. Porém não tem como afirmar que o ser humano não se acha ironico, justamente pelo fato do ser humano ser o unico ser vivo do planeta que tem consciência e capacidade de expressar ironia... em outras palavras, nós criamos e usamos a ironia.
- No segundo momento é dada a justificativa da ironia, usando Gilgamesh como exemplo e seu egocentrismo. Até então eu não consegui ver a relação entre ironia e egocentrismo, já que a ironia passa uma ideia contrária ao que se tenta demonstrar e o egocentrimos se trata de um individuo egoísta que se importa somente consigo mesmo como se o mundo girasse em torno de sí.
- Em terceiro momento aparece uma contradição, citando o caso de Joana... se ela era bondosa, onde o egocentrismo e a ironia aparecem? No fato dela ser julgada como bruxa? Por que até nesse caso, o coletivo a julgou assim, logo também não houve egocentrismo de quem a julgou.
2 - A segunda coisa que eu gostaria de pontuar, é sobre o meu entendimento do texto:
Não sei se essa era a ideia que o texto queria passar, mas notei que talvez o que o texto queria passar era que todo ser humano é egocentrico( Não ironico), e que durante toda a historia, sem mudar, o os humanos começaram e permanessem egocentricos.
- Só que nesse ponto eu também discordo, tanto pelo lado Filosofico (Categoria desse forum), tanto pelo lado ideologico. Por que?
- No campo filosófico o homem é divido em periodos, temos o tempo da consiencia mítica, filosofica, ciêntifica e do senso comum.
Onde dentro desse tempo mítico, na maior parte da população não tinha o tal do egocentrismo, por que a sociedade (principalmente a grega) não via o homem (ou sí proprio) como centro do universo, mas sim como uma engrenagem que fazia parte do destino ou vontade dos deuses. Somente quando se inicia o periodo filosófico é que o homem começa a se preocupar com o homem e o universo, a partir dai as pessoas passam a ser um tanto quanto mais individualistas (e em casos extremos, egocentricas), já que eles procuravam principios fundamentais para explicar cada coisa, deixando de se achar parte da engrenagem, assumindo o papel de deus e deixando de confiar cegamente no míto.
Já dentro do periodo cientifico, onde buscamos provas de tudo que não conhecemos, foi que surgiu essa frase de Nietzsche "Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós!", tal frase é uma afirmação e ao mesmo tempo firmação de que o mundo não gira a nossa volta, nem a volta de deuses... essa afirmação de certa forma mata o egocentrismo criado pelo pensamento filosofico.
Por fim chegamos ao senso comum, onde se tem vestijos de todos os periodos anteriores.. é nossa sociedade atual, temos quem crê em mitos como "manga com leite mata" e "virar a chinela de cabeça pra baixo mata a mãe", temos quem cre em deuses, temos filosofos que engrandecem o homem e os cientistas com suas explicações dos porques... e também quem não busca ou não crê em nada.
- No campo da ideologia encontramos a contradição ao egocentrismo, por que tanto o socialismo quanto o comunismo levam a ideia de que cada ser faz parte de uma engrenagem que faz um "todo" funcionar. Esse tipo de pensamento é justamente o que exclui o egocentrismo... na verdade por se tratar de uma ideologia, quando aplicada, faz parte da obrigação dela se livrar dos egocêntricos. Não que isso seja uma qualidade, até por que eu não creio no funcionamento dessas ideologias.
Enfim essa foi minha opinião, por favor não me leve a mal nem nada do tipo, como conversamos no facebook.