O sangue grosso ou hipercoagulabilidade é, como se deduz desta última designação, mais espesso e mais viscoso do que o normal devido a uma alteração dos fatores de coagulação, tornando mais difícil a circulação sanguínea. Estes têm um papel importante quando ocorre uma hemorragia, sendo fundamentais para "estancar" o sangue rapidamente, mas podem também, em caso de disfuncionalidade, provocar um espessamento do sangue que vai diminuindo o calibre dos vasos sanguíneos, sobretudo dos vasos capilares, e que dificulta ou impede o transporte de nutrientes para as células e tecidos podendo, por sua vez, originar carências nutricionais ou mesmo uma baixa de oxigénio a nível celular, elemento fundamental nos processos metabólicos. Essa obstrução parcial ou por vezes total dos vasos sanguíneos poderá também conduzir, como se depreende, a enfarte do miocárdio ou a trombose, conforme a zona afetada. Nunca é de mais lembrar que a razão principal de nos alimentarmos é fornecermos ao organismo (células e tecidos) todos os nutrientes essenciais a uma boa saúde e, se o não fizermos ou, se por qualquer motivo, aquilo que comemos não "chega ao destino", poderemos sofrer sérias consequências sanitárias.
Tratamento dietético
Nos casos de sangue grosso diagnosticado, ou em situações de historial familiar de AVC ou enfarte é aplicada geralmente uma terapêutica hipogoagulante que facilitará a fluidificação do sangue. No entanto, como há alimentos que contêm nutrientes como a vitamina K que tem um efeito contrário, isto é, que ajuda na coagulação sanguínea, é importante fazer uma escolha acertada dos alimentos e ajustá-los ao tratamento farmacológico prescrito. As variações de resultados muitas vezes verificadas nos controlos analíticos têm geralmente a ver com alterações bruscas na composição das dietas dos pacientes que, diga-se a propósito, nem sempre são convenientemente alertadas pelo médico para esta situação.
Óleos vegetais e frutos secos contêm vitamina E, que é um anticoagulante natural e que, quando combinado com os fármacos hipocoagulantes, pode predispor para hemorragias prolongadas e graves - choque hemorrágico ou derrame cerebral. É por isso imprescindível que se informem os doentes dos alimentos que podem interferir com a medicação hipocoagulante para que seja mais fácil perceber eventuais alterações nas análises clínicas e evitar qualquer consequência decorrente do desconhecimento destes factos.
Acima de tudo importa que, depois de acertada a medicação com a alimentação de modo a manter estáveis os valores analíticos, não se varie muito a alimentação que se faz no dia a dia sobretudo no que respeita aos alimentos desaconselhados.
No entanto, para a maioria das pessoas que não sofre deste problema, uma dieta rica em frutos e legumes será uma boa maneira de evitar esta e outras patologias como o sangue gordo, de que falaremos num artigo próximo.
Tenha um bom Natal!
PAULA VELOSONutricionista e autora de Dietas sem Dieta, Dieta sem Castigo e Peso, uma questão de peso.
A informação aqui apresentada não substitui a consulta de um médico ou de um profissional especializado.
Tratamento dietético
Nos casos de sangue grosso diagnosticado, ou em situações de historial familiar de AVC ou enfarte é aplicada geralmente uma terapêutica hipogoagulante que facilitará a fluidificação do sangue. No entanto, como há alimentos que contêm nutrientes como a vitamina K que tem um efeito contrário, isto é, que ajuda na coagulação sanguínea, é importante fazer uma escolha acertada dos alimentos e ajustá-los ao tratamento farmacológico prescrito. As variações de resultados muitas vezes verificadas nos controlos analíticos têm geralmente a ver com alterações bruscas na composição das dietas dos pacientes que, diga-se a propósito, nem sempre são convenientemente alertadas pelo médico para esta situação.
Óleos vegetais e frutos secos contêm vitamina E, que é um anticoagulante natural e que, quando combinado com os fármacos hipocoagulantes, pode predispor para hemorragias prolongadas e graves - choque hemorrágico ou derrame cerebral. É por isso imprescindível que se informem os doentes dos alimentos que podem interferir com a medicação hipocoagulante para que seja mais fácil perceber eventuais alterações nas análises clínicas e evitar qualquer consequência decorrente do desconhecimento destes factos.
Acima de tudo importa que, depois de acertada a medicação com a alimentação de modo a manter estáveis os valores analíticos, não se varie muito a alimentação que se faz no dia a dia sobretudo no que respeita aos alimentos desaconselhados.
No entanto, para a maioria das pessoas que não sofre deste problema, uma dieta rica em frutos e legumes será uma boa maneira de evitar esta e outras patologias como o sangue gordo, de que falaremos num artigo próximo.
Tenha um bom Natal!
PAULA VELOSONutricionista e autora de Dietas sem Dieta, Dieta sem Castigo e Peso, uma questão de peso.
A informação aqui apresentada não substitui a consulta de um médico ou de um profissional especializado.